De mansinho me arrombaste as portas da poesia e tarde demais te descobri passeando por todos os meus cantos, mesmo por aqueles que percorreste distraído.
Quisera conhecer o segredo, a magia que inventaste para me vencer. Quisera saber de conquista e em ti criar atracção eterna pelo meu corpo. Nenhuma solução é já possível nenhuma estratégia salvará a batalha.
Só mesmo querer-te deste modo, inquieto e angustiado, esperando sempre pelo momento em que digas "não" e tudo se acabe como d’antes.
Quero querer-te ainda no fim e que no fim me leves contigo no teu peito, nos teus dedos me escondas nos teus bolsos me ames se puderes.
Olha-me ainda e mesmo que nada vejas, não me negues, nunca, os teus braços de ternura, apesar de tudo, ou de nada.
(Isabel Afonso)
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