"Que seja um amor inacabado, quebrado, ferrado, com nó cego de uma
forca, desde que aperte bem forte para não soltar.
Um amor rápido como um
infarto, sem sinal-da-cruz.
Um amor que desafie a sabedoria que vem depois da
morte.
Um amor burro que dependa apenas de um quarto para se cumprir.
Um amor
que não tire os sapatos para deitar.
Um amor sofreguidão e gozo.
Um amor
hesitação irritante entre beijos.
Um amor que não dá trégua para voltar atrás.
Um amor que não oferece chance para ir à frente.
Um amor que fica no mesmo
lugar, que não traz sorte e azar, traz o desespero de ser amado um pouco
mais.
(Fabrício Carpinejar)
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