Não presto
pra nada que dure
nada que prometa
nada que pressione
nada que não impressione
nenhum pra sempre
nenhum talvez
nenhuma dor sem razão
nenhuma razão sem loucura
nenhum amor por razão
nada que me rume
nada que me arrume
nada que me corte
nada que me detenha.
Não presto
pra homens censurados
homens calados
homens ocos
gentes retas
gentes certas
gentes quietas
e nenhum gênero de covardia.
Tenho coragem e dou as caras ao tapa.
Hão de me amar pelas beiradas,
comendo o meio,
olhando a cara e lambendo os beiços.
(Melina Flynn)
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